Ser Criança

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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Familia X Crianças Especiais ,Pesquisando na net encontrei este texto .

Interação de pais e filhos portadores de Necessidades Educativas Especiais – Fases de aceitação.

O nascimento de uma criança, para a maioria das famílias, é um momento de alegria, de orgulho, de reunião das pessoas queridas e de celebração da renovação da vida. Para outros, o nascimento de uma criança pode ser um momento de lágrimas, desespero confusão e medo. Pode vir a ser uma mudança radical no estilo de vida de todos os envolvidos, cheia de mistérios e problemas especiais.
Ao receber a notícia de que seu filho é especial existem várias reações que variam de casal para casal, mas em geral um sentimento de tristeza e de perda muito grande, perda do filho sadio e idealizado. A decepção frente ao nascimento deste filho não esperado será maior ou menos dependendo de:
· Aceitação ou não da gestação, em caso de rejeição podem surgir sérios sentimentos de culpa;
· Tipo de personalidade de cada um dos cônjuges, uns se isolam em sua tristeza e choro, outros gritam e esbravejam;
· Relacionamento do casal anterior ao nascimento, se já não havia harmonia, a criança pode funcionar como um “bode expiatório”;
· Nível de expectativa, quanto maior a expectativa, maior a decepção;
· Grau de preconceito em relação aos portadores de deficiência, quanto maior o preconceito, maior será a dificuldade de relação com o filho;
· Posição do filho na prole, quando este é o primeiro, pode haver medo de futuras gestações;
· Tipo de relacionamento com a família estendida, quando não há uma boa relação pode haver falatórios, acusações e até rompimento;
· A forma como a notícia é transmitida aos pais pode causar influência em sua forma de reagir. Na verdade, assim como ninguém está preparado para receber uma notícia “ruim”, também dificilmente alguém se prepara para dar essa notícia.

Questões perturbadoras como: “porque isso foi acontecer comigo?”, “poderei ser um bom pai (ou mãe) apesar da deficiência de meu filho?”, ”conseguirei suportar as pressões sociais?”. “Poderei custar a s despesas financeiras?”, “serei emocionalmente forte para enfrentar a situação?”, fazem parte do estágio de questionamento. Este estágio poderá ou não ser superado pelos pais, a maioria das perguntas que fazem a si mesmos não tem respostas específicas.
De todos os momentos que os pais passam, com a chegada de um filho “especial”, persiste o sentimento de “luto”, “perda” pelo filho esperado e que não veio.
O quadro a seguir, nos da uma idéia de seqüência desses estágios:

Possíveis estágios de ajustamento parental de um filho com NEE.

1)Choque: rejeição; incredibilidade.
a)Digressão à procura da cura.
b)Sentimentos de desinteresse, de perda, de espanto, de confusão.
2)Desorganização emocional:
a)Culpa;
b)Frustração;
c)Raiva;
d)Tristeza.
3)Organização emociona:
a)Adaptação;
b)Aceitação.



Algumas mães se sentem pessoalmente responsáveis pela condição que seu filho vem ao mundo. Culpam-se por não terem sido cuidadosas na gestação. Alguns pais também sentem vergonha, sentimento, esse, mais centrado nos outros do que a culpa. Aqui a preocupação é com as atitudes das outras pessoas. “O que as pessoas vão pensar? O que os outros vão dizer?”.
As pessoas que trazem ao mundo uma criança especial portadoras de alguma deficiência recebem um novo papel, tornando-se por extensão “pais especiais”, que com freqüência são forçados a olhar de modo mais profundo e avaliar as interações desse novo papel.

Uma escritora chamada Emily Perl Knisley tem um filho que precisa de cuidados especiais, e as pessoas viviam perguntando como era a experiência de dar à luz uma criança com deficiência. Então ela fez uma bela comparação para nos ajudar a entendê-la, e imaginar como vivenciá-la.

Seria como... BEM VINDO À HOLANDA
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a Itália! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu, o Davi de Michelangelo, as Gôndolas em Veneza! Você pode até aprender algumas frases em italiano, é tudo muito excitante! Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz: - Bem vindo à Holanda! "Holanda!?!" - diz você - "O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália! Toda minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!!" Mas houve uma mudança de plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar. Bom, a coisa mais importante, no momento, é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente. Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes. É então apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs. Porém, todos os que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá: "Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado". E a dor que isso causa, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa. No entanto, se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais que a Holanda tem e pode oferecer. (Emily Perl Knisley - 1987)

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